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Rainha da Sucata foi a 42ª novela das 20h da Globo. Escrita por Silvio de Abreu, com colaboração de Alcides Nogueira e José Antônio de Souza, direção de Fábio Sabag, Mário Márcio Bandarra e Jodele Larcher, e direção geral e de núcleo de Jorge Fernando. Exibida entre 2 de abril e 26 de outubro de 1990, em 179 capítulos, sucedendo Tieta e antecedendo Meu Bem, Meu Mal.

Com Regina Duarte, Tony Ramos, Glória Menezes, Daniel Filho, Renata Sorrah, Cláudia Raia, Antônio Fagundes, Raul Cortez, Aracy Balabanian e Paulo Gracindo nos papéis principais.

Enredo[]

Maria do Carmo Regina Duarte é uma empresária bem sucedida de passado humilde que mora no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo, e que enriqueceu com os negócios do pai, um vendedor de ferro-velho. Dentre seus negócios, um grande edifício na Avenida Paulista, onde passa a funcionar, posteriormente, a Sucata. Uma casa de shows de lambada.

Sempre apaixonada pelo playboy Edu Figueroa (Tony Ramos), que a desprezava na juventude, a empresária faz uma proposta de casamento à ele. Em troca de ajuda financeira para a família quatrocentona dele, que está a beira da falência. Edu aceita e eles se casam. E a empresária vai morar na mansão dos Figueiroa nos jardins, porém, passa a ser infernizada por Laurinha (Glória Menezes), madrasta de Edu obcecada pelo enteado e que faz de tudo para conquistá-lo.

Além disso, Maria do Carmo vê seus negócios sendo arruinados pelo administrador Renato Maia (Daniel Filho), em quem confia cegamente. Ele é um homem corrupto que está aplicando um golpe na empresária para se apoderar de seus negócios. Renato é casado com Mariana (Renata Sorrah) por interesse na fortuna dela, e sempre ameaça a frágil esposa.

Paralelamente, a dona Armênia (Aracy Balabanian) é uma armênia que mora no Brasil há muitos anos com os filhos, e descobre negócios escusos entre seu falecido marido e o pai de Maria do Carmo. Tornando-se dona da área onde está o prédio da empresa de Maria do Carmo. Seu objetivo é colocar o edifício abaixo. Ou nas palavras dela, botar o prédio "na chon".

Elenco[]

Intérprete Personagem
Regina Duarte Maria do Carmo Pereira
Glória Menezes Laurinha Albuquerque Figueroa
Tony Ramos Eduardo Figueroa (Edu)
Daniel Filho Renato Maia
Renata Sorrah Mariana Szimanski
Aracy Balabanian Dona Armênia Giovanni
Raul Cortez Jonas Qüeiroz Scott
Nicette Bruno Neiva Matias Pereira
Antônio Fagundes Caio Szimanski
Cláudia Raia Adriana Albuquerque Figueroa (Adriana Ross)
Paulo Gracindo Alberto Albuquerque Figueroa (Betinho)
Cláudia Ohana Paula Ramos
Gianfrancesco Guarnieri Irineu Saldanha
Cleyde Yáconis Isabelle Albuquerque Figueroa de Bresson
Patricia Pillar Alaíde Ribeiro
Flávio Migliaccio Osvaldo Moreiras (Seu Moreiras)
Lolita Rodrigues Helena Ribeiro (Lena)
Maurício Mattar Rafael Albuquerque Figueroa
Marisa Orth Eunice Moreiras (Nicinha)
Andréa Beltrão Ingrid Albuquerque Figueroa de Bresson
Marcello Novaes Geraldo Giovanni (Gera)
Jandir Ferrari Higino Giovanni (Gino)
Gerson Brenner Gerson Giovanni
Mônica Torres Guida Viana
Aldine Müller Ângela Martins
Edgard Amorim Fernando Silva
José Augusto Branco Dr. Ademar Rodrigues
Ivan Cândido Franklin
André Di Mauro Manuel Muniz de Souza (Maneco)
Paulo Reis Gustavo Motta Mello (Guga)
Maria Helena Dias Samira Zaída
Dill Costa Vilmar
Zeni Pereira Mercedes
Paulo Guarnieri Sérgio Saldanha
Hilda Rebello Jorgina
Moacyr Deriquém Marcelo

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Lima Duarte Onofre Pereira
Fernanda Montenegro Salomé Szimanski
Laura Cardoso Iolanda Maia
Stênio Garcia Mendigo
Milton Moraes Marcos Vicente Pinheiro
Jorge Cherques Cyro Laurenza
Carlos Kroeber Giacomo Di Lampedusa
Mário Gomes Clóvis Castro
Jorge Dória Alberico Cassinelli
Ilka Soares Júlia Cassinelli
Neuza Amaral Dalva
Emiliano Queiroz Diretor de colégio
Inês Galvão Marisa Viana (Manon)
Mário Lago Ramiro Almeida
Ivan Mesquita Carlos Gouveia
Castro Gonzaga Julien Sorel
Neusa Borges Inês
Carlos Zara Olegário
Rosita Thomaz Lopes Estela
Carlos Gregório Osmar Maia
Ruth de Souza Juíza Elizabeth Andrade
Cláudio Correia e Castro Rogério Marques
Humberto Martins Osvaldinho
Thelma Reston Odete
Jorge Fernando Rebello
Fernando Amaral Marcos Juarez
Gilberto Martinho Geraldo Gomes
Serafim Gonzalez Gianlucca Muniz de Souza
Marcus Alvisi Giuliano Laurenza
Oscar Magrini Pessoa no enterro de Onofre
Marília Pêra Ela mesma
Sidney Magal Ele mesmo
Beto Barbosa Ele mesmo
Diogo Vilela Ele mesmo

Produção[]

Primeira novela de Silvio de Abreu na faixa das 20h, a Globo pretendia lançar uma novela mais cômica no horário devido a uma determinação do Departamento de Teledramaturgia em evitar novelas excessivamente dramáticas no horário. A trama começou de fato mais humorística, ironizando os emergentes e a decadência das elites brasileiras. Mas o público do horário rejeitou uma trama com mais humor, causando baixa audiência. E com o passar do tempo, a obra ganhou mais elementos de drama, enquanto a comédia ficou em segundo plano.

Nove capítulos foram escritos por Gilberto Braga, quando a novela estava no ar, a quem Silvio de Abreu pediu ajuda quando seu irmão faleceu. Gilberto fez ajustes na organização da história e, durante seu período de roteirização, separou os núcleos dramáticos e cômicos.

Outro problema que a novela enfrentou, na questão de audiência, foi o grande sucesso de Pantanal da Manchete. A novela da Manchete era exibida depois da novela da Globo, o que fazia Pantanal liderar nos números do IBOPE. Tentando amenizar o impacto da obra concorrente, a emissora aumentou a duração dos capítulos da trama de Silvio de Abreu para que esta concorresse em seus minutos finais com a trama de Benedito Ruy Barbosa. Mas a Manchete por sua vez, decidiu esticar o Jornal da Manchete para que Pantanal não enfrentasse a concorrência direta com a novela e começasse mais tarde. Fazendo a obra da Manchete perder publicidade.

Foi durante esta guerra de audiência que, a partir desta novela, a Globo deixou de apresentar as "cenas do próximo capítulo". Que consistia em um pequeno clipe ao encerramento de cada capítulos, com cenas do dia seguinte, embaladas por alguma música da trilha sonora. Posteriormente, esse artifício deixou de ser usado nas outras faixas e só voltou a ser usada mais de trinta anos depois. Ironicamente, com o remake de Pantanal, em 2022.

Com esta novela, pela primeira vez, uma trama das oito foi ambientada em São Paulo. Cidade em que as histórias de Silvio de Abreu eram apresentadas. Uma cidade cenográfica em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro reproduziu um quarteirão do bairro de Santana e a mansão dos Figueroa. O prédio de Maria do Carmo (Regina Duarte) era, na verdade, a fachada da Torre Norte do Cetenco Plaza, um conjunto de edifícios idênticos localizado na Avenida Paulista 1842. Um totem de verdade da lambateria sucata foi instalado entre 18º e 19º andares para as gravações. No cenário do escritório de Maria do Carmo, havia uma mesa com a frente de um Chevrolet 1958.

Originalmente, Silvio de Abreu queria Nair Bello interpretando a italiana Dona Giovanna, mas a atriz era contratada do SBT na época. O papel ficou com Aracy Balabanian e foi modificado: passou a se chamar Dona Armênia e nascida na Armênia. Uma vez que a atriz era filha de imigrantes armênios. Ela se inspirou em sua família para incorporar o sotaque e o jeito de trocar, trocando os adjetivos femininos e masculinos como "meus filinhas" e "o sucateira". E com isso, a personagem ganhou forte popularidade por seu jeito extravagante e seu bordão “quero esse prédio na chon”.

Posteriormente, Aracy reviveu a personagem em outra novela de Silvio de Abreu: Deus nos Acuda, em 1992. Que também resgatou os filhos dela. Gerson (Gerson Brenner), Geraldo (Marcello Novaes) e Gino (Jandir Ferrari).

Já Maria do Carmo foi escrita especialmente para Regina Duarte. O figurino da personagem fez sucesso entre as mulheres da época. Dentre acessórios como chapéus e laços. Também ficou popular o bordão "Coisas de Laurinha", dito por Betinho (Paulo Gracindo). A lambada, gênero musical brasileiro e mundialmente famoso na época, ganhou mais projeção nacional graças a novela. Fazendo proliferar lambaterias, cursos e concursos de lambada pelo país.

A caraterística do personagem Caio ser gago partiu de seu próprio intérprete, Antônio Fagundes. Porém, causou polêmica quando Caio se curou da gagueira após bater a cabeça. Õ autor recebeu muitas reclamações do público e o personagem voltou a gaguejar dois capítulos depois.

A cena de flashback em que Maria do Carmo era humilhada em um baile ao ser coroada rainha, sendo jogado um balde de lixo nela, foi inspirada no filme "Carrie, a Estranha". A cena em que Laurinha (Glória Menezes) se suicida, jogando-se do alto do prédio da Sucata, mas arrancando um brinco de Maria do Carmo antes para incriminá-la de sua morte, mesclou cenas externas e de estúdios. Um boneco com o peso aproximado de Glória Menezes foi jogado do prédio durante uma gravação que contou com um forte esquema de segurança para que a sequência não vazasse na imprensa.

Por ter estreado na época do Plano Collor, o acontecimento foi inserido na novela para evitar erros de coerência. Desta forma, trinta capítulos foram reescritos e algumas cenas regravadas. O que causou um mal entendido, em que jornais acusaram a Globo de já saber do plano econômico e não avisar ao público. Em uma das cenas, Maria do Carmo justifica que não teve seus bens confiscados por ter aplicado todo o dinheiro na construção da Sucata.

Nas cenas em que Renato (Daniel Filho) tocava trompete, o ator era dublado pelo músico Guilherme Dias Gomes, filho de Janete Clair e Dias Gomes. Para o desfecho de Maria do Carmo, foram escritos três finais diferentes para manter o mistério. A abertura desenvolvida Hans Donner e Nilton Nunes mostrava uma boneca feita de sucata era montada sozinha enquanto bailarinos dançavam lambada.

Reprises[]

Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 28 de fevereiro e 16 de setembro de 1994, em 145 capítulos, sucedendo Direito de Amar e antecedendo Tieta (sua antecessora original). Foi a primeira reprise da faixa a ser exibida após o Vídeo Show, que tinha se tornado diário naquele ano. Foi beneficiada com boa audiência durante a época da Copa do Mundo ao ser exibida antes de alguns jogos da Seleção Brasileira. Marcou 26,54 Pontos de média geral de audiência

No Viva, foi reprisada na íntegra na faixa da 0h entre 21 de janeiro e 27 de setembro de 2013, sucedendo Que Rei Sou Eu? e antecedendo Água Viva. O canal pagou promoveu uma enquete em seu site para que o público escolhesse a reprise que sucederia a novelas e a mais votada foi Água Viva (1980). As outras opções eram O Dono do Mundo (1991), Fera Ferida (1993) e A Indomada (1997). Estas, foram reprisadas pelo canal posteriormente.

DVD[]

Em setembro de 2015, a Globo Marcas lançou o Box de DVDs da novela. Composto por 12 discos, contendo um compacto de 35 horas.

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