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Pantanal foi uma novela da Manchete. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, direção de Carlos Magalhães, Roberto Naar e Marcelo de Barreto e direção geral de Jayme Monjardim. Exibida às 21h30 entre 27 de março e 11 de dezembro de 1990 em 216 capítulos, sucedendo Kananga do Japão e antecedendo A História de Ana Raio e Zé Trovão.

Com Cláudio Marzo, Marcos Winter, Cristiana Oliveira, Jussara Freire, Marcos Palmeira, Luciene Adami, Ângela Leal, Ângelo Antônio, Giovanna Gold, Antônio Petrin, Ítala Nandi, Elaine Cristina, Almir Sater e Paulo Gorgulho nos papéis principais.

Enredo[]

A saga da família Leôncio começou quando o peão Joventino (Cláudio Marzo) chegou ao Pantanal sul-mato-grossense. Onde dá início à criação de gado. Com o tempo, seu rebanho aumentou com ele e seu filho, José Leôncio (Paulo Gorgulho), caçavam bois selvagens, os marruás. Posteriormente, Joventino desapareceu pelo Pantanal durante a caça de marruás. E com isso, Leôncio prometeu laçar um marruá todos os dias na esperança de encontrá-lo.

Tempos depois, quando Zé Leôncio já era um fazendeiro rico, ele viajou para o Rio de Janeiro para cobrar uma dívida. Lá, ele conheceu Madeleine (Ingra Lyberato), uma moça mimada, de família da elite carioca mas falida. Eles se apaixonam e se casam, recebendo a aprovação do pai de Madeleine, por conta das condições financeiras de Leôncio, recebendo um dote financeiro do recém-genro. Zé e Madeleine vão para a fazenda dele no Pantanal, e ela engravidou dele, dando a luz a um menino. Mas Madeleine não se adaptou à vida no campo e à rotina de viagens em comitiva do marido. Fugindo de volta para o Rio de Janeiro, levando seu bebê junto.

Zé Leôncio, sem alternativa, concorda em deixar o filho com a mãe na cidade, e passa a se relacionar com Filó (Tânia Alves), sua empregada que tem um filho. Vinte anos depois, Zé Leôncio (Cláudio Marzo) ainda vive com Filó na fazenda e considera o filho dela, seu afiliado Tadeu (Marcos Palmeira), como seu filho. Nesse período, o filho legítimo do fazendeiro com Madeleine (Ítala Nandi), o jovem Joventino (Marcos Winter), decide ir ao Pantanal conhecer o pai.

Porém, o choque cultural entre pai e filho é grande. Por considerarem afeminado demais pelo pai e seus peões, Jove se sente rejeitado. Em meio a isso, ele se apaixona por Juma Marruá (Cristiaa Oliveira), que foi criada como uma selvagem pela mãe e carrega uma lenda sobrenatural em que ela se transforma em onça quando se sente ameaçada. Jove leva Juma ao Rio de Janeiro, mas desta vez, é ela quem sofre com o choque cultural.

Também há a figura sobrenatural do Velho do Rio (Cláudio Marzo), um curandeiro que cuida de pessoas atacadas por cobras e que se perdem pelas matas. Existe a lenda de que ele se transforma em uma sucuri e que ele seria o pai desaparecido de Leôncio. Paralelamente, Zé Leôncio descobre a existência de mais um filho José Lucas (Paulo Gorgulho), fruto de sua primeira relação sexual, com uma prostituta.

Elenco[]

Intérprete Personagem
Cláudio Marzo José Leôncio (Zé Leôncio)
Joventino Leôncio / Velho do Rio
Marcos Winter Joventino Leôncio Neto (Jove)
Cristiana Oliveira Juma Marruá
Paulo Gorgulho José Lucas Leôncio / José Lucas de Nada (Zé Lucas)
Zé Leôncio (jovem)
Marcos Palmeira Tadeu Aparecido Leôncio
Jussara Freire Filomena Aparecida (Filó)
Elaine Cristina Irma Braga Novaes
Ângela Leal Maria Nogueira (Maria Bruaca)
Antônio Petrin Tenório Nogueira
Luciene Adami Maria Augusta Nogueira (Guta)
Ítala Nandi Madeleine Braga Novaes
Almir Sater Xeréu Trindade (Trindade)
Ângelo Antônio Alcides
Nathalia Timberg Mariana Braga Novaes
Rosamaria Murtinho Zuleika Nogueira
Sérgio Reis Tibério
Andréa Richa Maria Rute (Muda)
Tarcísio Filho Marcelo Nogueira
Ernesto Piccolo Renato Nogueira (Reno)
Giovanna Gold Josefa (Zefa)
Rômulo Arantes Levi
João Alberto Pinheiro Zaqueu
Eduardo Cardoso Roberto Nogueira (Beto)
Ivan de Almeida Orlando da Chalana
José de Abreu Gustavo
Flávia Monteiro Nalva (Nalvinha)
Júlio Levy Davi
Gláucia Rodrigues Matilde
Lana Francis Teca
Luiz Henrique Sant'Agostinho Ari

Participações especiais[]

Intérprete Personagem
Cássia Kis Maria Marruá
Sérgio Britto Antero Novaes
Marcos Caruso Tião
Ewerton de Castro Quim
José Dumont Gil Marruá
Oswaldo Loureiro Chico Taxista
Sérgio Mamberti Dr. Arnaud
Ingra Liberato Madeleine (jovem)
Carolina Ferraz Irma (jovem)
Tânia Alves Filó (jovem)
Regina Dourado Olga
Antônio Pitanga Túlio
Buza Ferraz Grego
Carlos Gregório Expedito
Enrique Diaz Chico Marruá
Alexandre Lippiani Raimundo
Haroldo Costa Padre Antônio
Jitman Vibranovski Delegado Márcio de Sarandi
Andréa Cavalcanti Celina
Geisa Gama Gorda
Kátia D'Angelo Generosa
Xandó Batista Vigário
Rubens Corrêa Deputado Ibrahim Chaguri
Gisela Reimann Érica Chaguri
José Rodrigues Pereira Barra Mansa
Antônio Gonzalez Bruno
Fausto Ferrari Teodoro
Jairo Lourenço Otávio
Silvio Pozatto Rubem
Rose Abdallah Myriam
Ibañez Filho caminhoneiro
Valter Santos jagunço
Kito Junqueira jagunço
Totia Meirelles vedete
Jece Valadão coureiro
Giuseppe Oristânio paraquedista
Fátima Freire amiga de Generosa
Luiz Armando Queiroz dono do Frigorífico Carioca
Jofre Soares padre
Gabriel Sater coroinha
Maurício do Valle caseiro
Zaira Zambelli prostituta
Thiago Frota Joventino (jovem)
Paulão Zé Leôncio (criança)
Renan Itaborahy Cabizuca Jove (criança)
Shirley Canoletti Juma (criança)
Christian Lima Zé Lucas (criança)
Leandra Leal Maria Marruá Leôncio
Fernando Borsato Antero Novaes Leôncio
Zé Capeta ele mesmo

Produção[]

Novela de maior sucesso da Manchete, em audiência e público, e considerada pela crítica especializada uma das melhores produções da história da televisão brasileira, seu grande êxito causou surpresa e seus índices de audiência chegaram a incomodar a Globo. Chegando a alcançar a liderança no horário diversas vezes e índices próximos às das novelas da concorrente. Pela primeira vez desde a década de 1970, a novela de maior recepção do ano não era da Globo. Porém, a Manchete nunca mais conseguiu repetir o êxito com outras tramas desta mesma maneira.

Por conta do fenômeno da trama de Benedito Ruy Barbosa, a Globo fez várias tentativas para evitar a fuga de público após o término da novela das 21h começava (que era justamente quando a novela da Manchete começava. Primeiro, aumentou a duração dos capítulos de Rainha da Sucata e eliminou a parte das "cenas do próximo capítulo" para que o final do capítulo da obra se Silvio de Abreu competisse diretamente com o início do capítulo da obras de Benedito. Mas a Manchete, em resposta, esticou a duração do Jornal da Manchete para evitar o confronto direto.

Depois, a Globo tentou lançar a faixa das 22h remanejando a novela Araponga, de Dias Gomes, Lauro César Muniz e Ferreira Gullar, que originalmente sucederia Rainha da Sucata às 20h. Mas a novela da Manchete já estava em sua reta final. Quando Meu Bem, Meu Mal estreou, a Manchete deixou de iniiar sua novela após o fim da trama da concorrente. Passou a exibir antes, para neutralizá-la na audiência.

O fenômeno que a novela conquistou fez com que a Globo recontratasse Benedito Ruy Barbosa e finalmente o promoveu para a faixa das oito, que o autor tanto desejava. Isto porque a trama, que teve "Amor Pantaneiro" como título provisório, foi concebida na década de 1980 e oferecida à Globo para ser exibida às 20h. O novelista só havia escrito para a faixa das 18h até então. A emissora, rejeitaram a ideia após diretores viajarem ao Pantanal durante uma época de chuvas e alegarem que seria impossível realizar gravações no local.

Benedito Ruy Barbosa e Herval Rossano chegaram a brigar dentro do jato fretado na volta da viagem à região, quase fazendo com que a aeronave perdesse o controle. A Globo sugeriu ao novelista mudanças na história: que a transformasse em uma minissérie ambientada no interior paulista ou carioca para facilitar a produção. Mas Benedito se recusou e deixou a emissora. Ele então, apresentou o projeto da novela primeiro ao SBT, cujas negociações não foram adiante. Depois, foi convencido pelo diretor Jayme Monjardim a levar a obra para a Manchete.

As gravações fixas ocorreram na fazenda do cantor Sérgio Reis, amigo do autor, e que interpretou Tibério na trama. Onde havia a Lagoa das Garças. Lá, montaram uma estrutura para edição de imagens, manutenção de equipamentos e envio de cópias dos roteiros. Também foi usada uma casa construída pelo General Rondom. A grande maioria das cenas foi gravada no entorno do Rio Negro. Lugar em que, durante uma gravação, Cristiana Oliveira precisou escapar de um cerco de seis jacarés-de-papo-amarelo com a ajuda de Sérgio Reis. Algumas cenas que, inevitavelmente, tiveram que ser feitas em estúdios, foram gravadas no Rio de Janeiro.

Equipe e elenco precisavam pegar um avião com destino à Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e lá, pegar um avião bimotor para chegar até a fazenda onde ocorriam às gravações. Como o lugar, na época, não havia telefone e nem televisão, a comunicação da produção com as sedes da Manchete eram feitas via rádio amador. Parte do elenco e equipe ficaram hospedados na Fazenda Rio Negro.

A produção teve em seu elenco diversos atores pouco conhecidos da televisão, e até estreantes, que tiveram carreiras consolidadas após a novela. Em especial Cristiana Oliveira, a Juma Marruá, em seu segundo trabalho na televisão. Mas, anteriormente, o autor convidou Glória Pires para o papel. Sérgio Reis sugeriu que Almir Sater também fosse chamado para o elenco, para que a trama tivesse mais um cantor. Porém, o sucesso do personagem Trindade, vivido por Almir, fez com que o cantor deixasse a novela antes do fim. Pois havia sido chamado para protagonizar a sucessora A História de Ana Raio e Zé Trovão.

Ítala Nandi também deixou a produção antes do fim para poder se dedicar a um filme. Originalmente, sua personagem Madeleine sofreria um acidente de avião que transformaria sua personalidade. Mas com a saída da atriz, a personagem morreu neste acidente. Isso fez com que o personagem de José de Abreu, Gustavo, ficasse sem função na história e autor simplesmente sumir da trama. Desta forma, Abreu foi remanejado para a minissérie O Canto das Sereias e retornaria a novela durante os últimos capítulos, mas não retornou.

Cláudio Marzo e Paulo Gorgulho viveram dois papéis em fases distintas. Cláudio Marzo viveu Joventino, que também era o Velho do Rio, nas duas fases. Ao mesmo tempo em que interpretou José Leôncio na segunda fase. Na primeira fase, José Leôncio foi vivido por Paulo Gorgulho, que na segunda viveu José Lucas.

Leandra Leal, ainda criança, fez uma participação especial no último capítulo como Maria Marruá Leôncio, filha de Juma (Cristiana Oliveira). A mãe de Leandra, Ângela Leal, integrou o elenco no papel de Maria Bruaca.

A novela também se caracterizou pelas diversas cenas sensuais e de nudez de atores e atrizes. Vários atores jovens apareceram em cena tomando banho de rio nus. O que fortaleceu a audiência e a repercussão. As longas cenas de paisagens, exaltando a flora e a fauna da região incentivou fazendeiros da região a abrirem pousadas ecológicas, estimulando o turismo no estado.

Ocorreram erros e confusão nas características dos animais exibidos. A jararaca (conhecida como boca-de-sapo) que aparecia em cena, na verdade, era uma sucuri chamada Rafaela, mascote do Instituto Vital Brazil. A onça, na trama, assustava as pessoas miando. Mas onça não mia e sim esturra. Essas cenas que envolviam onça-pintada foram gravadas em um zoológico.

A abertura foi estrelada pela então modelo Nani Venâncio, que apareceu se transformando em onça e nadando nas águas completamente nua, sem o uso de tapa sexo. As cenas foram gravadas nos estúdios da Manchete e em uma piscina que ficava na cobertura do prédio da emissora. Contando também com a presença de uma onça-pintada e uma cobra de verdade. Uma curiosidade sobre esta abertura era que os versos tocados da música eram diferentes, para cada uma das duas fases da história. Quando o logo aparecia em cena, a sequência terminava ao som de uma onça ou de um berrante.

Reprises[]

Na Manchete[]

A primeira reprise foi ao ar às 19h seis meses após seu encerramento original. Entre 17 de junho de 1991 a 18 de janeiro de 1992, em 176 capítulos. Marcou 3,73 Pontos. A segunda reprise foi ao ar na íntegra na faixa das 22h20. Entre 26 de outubro de 1998 a 14 de julho de 1999, sucedendo Brida. Esta reapresentação seguiu no ar quando a Manchete saiu do ar em maio de 1999, dando lugar à TV! e seguiu até o final. Marcou 2,80 Pontos de média geral.

No SBT[]

Em 2008 o SBT comprou por R$2 milhões os direitos de exibição da trama em um lote com cinco novelas da Manchete. A reprise da trama de Benedito Ruy Barbosa foi anunciada pela emissora como uma "Arma Secreta", promovendo um mistério sobre o que se tratava: a estreia de Revelação ou a reprise de uma novela de sucesso. Também foram exibidas chamadas com enquetes nas ruas perguntando às pessoas quais as novelas favoritas delas. A novela da Manchete de 1990 foi uma das mais citadas.

Apenas no dia e na hora anunciada, que foi revelada ao público que se tratava da reprise da novela de Benedito Ruy Barbosa. Mesmo que, na época, houve especulações por parte da imprensa especializada. A reapresentação foi ao ar às 22h entre 9 de junho de 2008 e 13 de janeiro de 2009, em 187 capítulos. Marcou 12,90 Pontos de média geral de audiência.

Nesta reprise, o SBT produziu uma nova abertura, com cenário feito em computação com o logo em textura diferente e sem cenas de nudez. Nela, apareceu a modelo Glenda Santos de costas se despindo para tomar banho de rio, mas sua nudez foi velada por árvores. Para promover a novela, a emissora exibia chamadas incentivando os telespectadores a trocarem de canal após acabar A Favorita na Globo, para assistir à trama no SBT. Apresentadores também incentivavam o público a fazer isso durante os programas que apresentavam

O SBT também lançou um CD intitulado "O Melhor do Pantanal", com músicas selecionadas das três trilhas originais lançadas pela Manchete.

Remake[]

Em janeiro de 2006, a Globo havia adquirido os direitos do texto da novela. com planos de produzir uma adaptação. Porém desistiu da ideia em 2008 om a reprise da trama original. E nos anos seguintes, a hipótese de um remake feito pela emissora não foi mais comentado.

Até que em setembro de 2020, a emissora surpreendeu ao oficializar o remake. Adaptada por Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, e direção artísticas Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, a adaptação foi ao ar na faixa das 21h entre 28 de março e 7 de outubro de 2022, em 167 capítulos, sucedendo Um Lugar Ao Sol e antecedendo Travessia. O texto original escrito por Benedito foi mantido quase com fidelidade por seu neto, que fez apenas atualizações em diálogos.

No elenco Marcos Palmeira, que viveu Tadeu na versão original, interpretou José Leôncio na segunda fase do remake. Enquanto Renato Góes viveu o personagem na primeira fase. O elenco também contou com Dira Paes como Filó, Jesuíta Barbosa como Jove, Alanis Guillen como Juma, José Loreto como Tadeu e Irandhir Santos como Joventino (na primeira fase) e José Lucas (na segunda fase. Gabriel Sater, filho de Almir Sater que havia feito uma partiipação espeial na versão original, interpretou Trindade, mesmo papel que seu pai viveu em 1990. Marcou 29,64 Pontos de média geral de audiuência.

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